terça-feira, 30 de setembro de 2008

Demigod Stompy

Alguns de vocês sabem (e outros não) que tenho andado a testar decks de extended tendo em vista o Pro Tour Berlim (evento que o Fifi e o Moura ambos vão tentar ganhar). Não vou aprofundar as conclusões a que já chegámos dentro da equipa, porque essa informação é confidencial (e com isso n não quero dizer valiosa lol), mas durante o processo "tropecei" num deck de que estou a gostar muito. Chamam-lhe Demigod Stompy e Aqui está a lista que tenho vindo a usar:

Criaturas
4 Demigod of Revenge
4 Deus of Calamity
4 Magus of the Moon
4 Simian Spirit Guide

Outras Mágicas
4 Rite of Flame
4 Seeting Song
4 Desperate Ritual
4 Chrome Mox
4 Empty the Warrens
3 Blood Moon
1 Umezawa's Jitte

Terrenos
17 Mountain
3 Gemstone Caverns

Sideboard
4 Shattering Spree
3 Vexhing Shusher
3 Shaterstorm
3 Firespout
2 Umezawa's Jitte

A principio a lista pode parecer má, mas até me parece bastante decente. E adoro a maneira como o deck se desenvolve. Não estou a dizer com isto que o deck é muito bom, mas há algo que me agrada em baixar um Deus ao primeiro turno :)
Para quem kiser jogar com o deck lembrem-se que é tudo matemática. Quantas cartas vale um Deus ao primeiro turno? Será que é bom neste matchup? É este o tipo de perguntas q têm q fazer a vocês próprios antes de despejarem a mão para conseguir jogar um Deus ao primeiro turno e levarem com um terror do outro lado. É preciso jogar de forma inteligente e perceber a melhor maneira de encarar cada matchup...

Experimentem e digam-me o que acharam....

Luis Ribeiro

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Legacy

Quando comecei a jogar Magic, há uns aninhos, só tinhamos decks temáticos para jogar (eu e mais uns amigos lá do bairro). Nessa altura aprendi a atacar, a bloquear, as bases do combate.
Mais tarde, comecei a ter mais cartas e a jogar de controlo. Depressa me apaixonei por esta vertente do Magic e até hoje é a minha favorita. Apesar de tudo, consigo jogar relativamente bem com decks de controlo e/ou beatdown, dependendo do formato. Mas há um tipo de decks com o qual eu nunca atinei: Combo.
Não sei porquê. O jogo é o mesmo, o Objectivo é mais claro, mas nunca consigo juntar as peças do puzzle. Ou me falta uma peça do combo, ou não tenho mana que chegue, ou faltam as peças todas do combo, etc...
Com vista a melhorar isto, decidi entrar um pouco na parte do Magic onde Combo é mais relevante (bem, sem contar com T1, porque não me apeteceu gastar 100USD por carta...): Legacy. Achei que Legacy é o campo perfeito para eu treinar as minhas capacidades a jogar de combo. Primeiro porque os decks de combo de legacy são realmente dos mais fortes do formato e segundo, porque o ranking de legacy e á parte do constructed normal, ou seja, perder não me chateia muito.
Decidi dar umas voltas na net, escolher um deck e arranjar as cartas.
E agora estou pronto, venham os torneios de Legacy.

Para quem estiver interessado, aqui fica a lista que vou usar nos eventos de legacy (pelo menos os próximos). Como levo este formato mais treino do que competição a sério, não me importo de partilhar a lista que acho melhor (mesmo sem nunca ter jogado lol)....

Criaturas
4 Dark Confidant
4 Simian Spirit Guide
4 Elvish Spirit Guide
4 Tinder Wall

Outras Mágicas
4 Rite of Flame
4 Cabal Ritual
4 Dark Ritual
4 Burning Wish
4 Lion's Eye Diamond
4 Lotus Petal
4 Land Grant
4 Chrome Mox
4 Goblin Charbelcher
3 Infernal Tutor
1 Empty the Warrens
1 Ill-Gotten Gains
1 Tendrils of Agony

Terrenos
1 Bayou
1 Taiga

Sideboard
4 Xantid Swarm
2 Empty the Warrens
1 Thoughtseize
1 Pyroclasm
1 Deathmark
1 Shattering Spree
1 Reverant Silence
1 Infernal Tutor
1 Tendrils of Agony
1 Ill-Gotten Gains
1 Hull Breach

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desabafo

Este post é dedicado a todos os jogadores Portugueses que pensam que são muito bons... Tirando o Márcio, esse é mesmo bom nesta cena do Magic.

Epá, calem-se.

Tou farto de ouvir bardamerdas que nunca fizeram nada neste jogo a falar como se fossem uns génios e detentores da verdade absoluta. Se são tão bons, porque é que nunca ganharam nada? Gajos que precisam de ir a Regionais (ou pior, LCQs) e depois vêm dizer que isto e que aquilo. Epá e olharem para o espelho? Vocês são uns pobres coitados que não destinguem uma carta boa de um monte de bosta de cavalo e agora querem-me vir ensinar a mim a jogar e a construir decks? Eu se quiser aprender alguma cena pergunto a alguém que saiba não vou perguntar a um "cabide de cartas".  A única coisa maior que a vossa incapacidade de jogar e de sequer perceber o jogo é o vosso ego. Como é que tantos jogadores tão maus podem ter tanta auto-confiança. Meu Deus. E depois ainda se zangam quando alguém que sabe um pouco mais os tenta ajudar....

Epá, vão-se todos foder, vocês e o vosso jogo deficiente que nunca há-de sair da merda porque pensam que são tão bons que não deixam que ninguém vos ensine nada.

PS: Atenção, eu, com este post, não estou a dizer que sou bom jogador. Mas eu admito que não sou. E respeito aquelas pessoas que jogam mal, mas estão conscientes disso. O que me chateia são os inúteis que pensam que são a próxima geração de Kai Buddes...

PSS: Desculpem a profanidade (os palavrões) mas estava a precisar :)

Luis Ribeiro

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Draftar Shards of Alara

Antes de começar este post, tenho que deixar 3 coisas bem claras: 1) nunca draftei shards; 2) ainda não vi as cartas todas da edição, nem sequer posso dizer que tenha visto a maior parte; 3) não sou um drafter genial... nem muito bom. Com prática acho que até consigo chegar a um bom nivel, mas não acho que seja dotado na arte do Draft. No entanto, há regras que se aplicam e acho que sou melhor a passar esses conceitos do que a usá-los. Espero que seja útil.

Para já, temos que ter em conta a premissa desta edição. As shardas vão ter 3 cores, o que quer dizer que os decks de draft se vão centrar em 2 cores de uma sharda tendo a 3ª como splash. Magic só tem 5 cores e, supondo que o jogador á vossa esquerda estará a draftar 3 cores, só restam 2 para vcs. a boa noticia é que essas 2 cores terão uma sharda em comum... a má noticia é que a terceira cor dessa sharda estará a ser usada pelo vosso adversário. Acho que o segredo dos drafts de Shards vai ser perceber qual é a sharda que contém as 2 cores deixadas livres pelo jogador á esquerda, definindo assim qual a sharda que vão usar. Admito até que possam fazer decks de 2 cores, mas acho que a edição tem demasiadas cartas boas de 3 cores para que isso aconteça. Além disso, a sobreposição de uma cor não é nada de especial, já que as cartas monocores deverão ser poucas e o que interessa e ter uma sharda livre para picar as cartas multicolores (quase de certeza mais potentes).
Neste tipo de ambiente, há 2 coisas a ter em conta:
1) Mana Fixers são importantes. Ao contrário de Shadowmoor, onde fazer decks monocolores era a decisão acertada, aqui vamos ter muitas cores e precisamos de fixers para que a base de mana suporte o deck. Lembram-se em Ravnica quando as Bounces eram picks elevados? Bem, não espero q hajam terrenos tão bons quanto esses (porque as bounces em algum número permitiam jogar com mais spells e menos terrenos no deck), mas serão picks altos na mm se conseguirem. suavizar a base de mana.
2) Não rende escolher uma sharda de inicio e forçar esse plano. Nos formatos multicolores (e especialmente em Ravnica) percebi que a melhor coisa a fazer é começar por picar as melhores cartas (2 a 3 picks) 3 ao mesmo tempo tentar perceber a sharda que está livre. Quando conseguir-mos "ler o draft", então está na altura de nos afundarmos nesse plano. A longo prazo esta estratégia tem vantagens, porque mesmo que percamos 1 ou 2 dos primeiros picks, melhoramos a qualidade dos picks nos últimos packs. Adicionalmente, tendo em conta que vamos jogar de 3 cores, é provável que um desses picks até acabe por ser nas nossas cores, o que óbviamente é sempre bom.

A partir daqui, o draft torna-se mais fácil, mas é importante ter sempre em conta a base de mana e o custo das cartas que estamos a picar. É muito fácil ficar screw com 3 cores ou acabar com uma base de mana pouco consistente porque estamos a tentar por tudo no deck. Isto é um erro. Para mim, a principal preocupação na concepção de um deck em limited é a consistência.
Li uma vez um artigo do Antoine Ruel (também conhecido como o Ruel mau :p) em que ele dizia que temos 2 hipótese em draft. Consistência ou Explosividade. Um deck Explosivo está cheio de bombas, mas não é muito consistente e fia-se sobretudo na sorte. Por outro lado, um deck consistente tenta fazer sempre a mesma coisa, jogo após jogo, e tem poucas bombas (só o suficiente para não afectar a consistência do deck). Na opinião do Antoine (e eu concordo), um jogador mau deve optar pela explosividade. Já que não vai conseguir bater um bom jogador por skill, tem que apostar na sorte. Já um bom jogador, sabe que se não tiver problemas de mana vai conseguir ganhar devido á sua habilidade superior, por isso quer ter um deck que não lhe dê problemas e o deixe jogar o seu jogo.
Embora ache que isto é verdade, penso que existe ainda um terceiro tipo de jogador: aquele que, sendo mau, quer melhorar o seu nivel. Eu enquadro-me neste terceiro grupo e opto sempre pela consistência. A única maneira de me tornar bom em limited, é aprender a jogar o jogo e para isso, tenho que me basear em mim e jogar cada vez melhor. Um mau jogador, enquanto se esconder atrás da sorte e não enfrentar o magic a sério, nunca vai ser um bom jogador. É preciso adquirir certos conhecimentos e perceber o que realmente importa num draft.
Sendo o draft de Shards ou de outro qualquer formato, acho que é importante perceber a importância da consistência e, ás vezes, ganham-se drafts deixando passar bombas e pickando cartas que embora mais fracas, se encaixam melhor no nosso deck.

Aprender a jogar limited bem é um processo (moroso e complicado), mas espero ter conseguido partilhar algo do pouco que sei ;)

Luis Ribeiro

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Rescaldo do Nacional

E aqui estamos nós outra vez, depois de mais um Nacional (desta feita o de 2008). Depois de desfeitas as dúvidas, do assentar do pó, ergue-se por entre as cinzas um campeão. 115 pessoas jogaram o Campeonato Nacional na esperança de levar o título, mas só um o ganhou: o Márcio Carvalho.
Muitos, como eu, acham que o título está bem entrege. O Márcio, sendo, sem dúvida, o melhor jogador da história do Magic Português, tem sido um natural candidato ano após ano e só não o conquistou mais cedo, porque não quis. Mas desta feita foi diferente. Desde o ínicio o Márcio admitiu que queria os 1o pontos correspondentes ao primeiro lugar e a verdade é que fez o Torneio de um campeão. Perdeu apenas uma ronda (a primeira) e depois fez X-0 até estar no Top8, onde não deu hipótese a nada nem ninguém fazendo um Clean Sweep do Top8.

Outro jogador que marcou este Nacional pela positiva foi o Igor Barreiras. Começou o torneio 9-0, concedeu a 10ª ronda para o Márcio (matchup que queria encontrar no Top8) e empatou tudo até ao final. Pena que tenha sido arredado da prova nos quartos de final. É sem dúvida, na minha opinião, um dos 3 melhores jogadores Portugueses e seria uma mais valia na equipa Nacional.

E acabo por dar os parabéns á equipa nacional 2008 constituida por Márcio Carvalho, Dinis Binema e Pedro Velhinho (cá está o Velho de novo. Sem ser conceituado nem o seu jogo respeitado tanto quanto devia ser a verdade é que o Velho está na sua segunda Equipa Nacional e mostra uma facilidade de adaptação e skill só ao alcance de poucos). É de salientar que se apurou também para o Mundial, como suplente, o Nuno Costa, aka Gémeo Mau, aka Nick, aka 19+5=23...

Parabéns a todos

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nationals Series: Márcio Carvalho

Quando falamos de Magic em Portugal, e quando mencionamos os melhores jogadores, não podemos esquecer de mencionar o que é, na minha opinião, o melhor jogador da História do Magic Português.
Lembro-me do Márcio ainda puto (como se ele fosse muito crescido agora lol) e arrogante. Admito que não suportava o puto nem um bocadinho, mas também é verdade que não o conhecia, por isso a opinião vale o que vale lol.
A verdade é que convencido ou não, por pouco não ganhou Um GP em Portugal (perdeu no top8 para o eventual vencedor Kai Budde). E sabem do que me lembro dos dias seguintes em relação ao Márcio? Não, não é dele a vangloriar-se por ter ganho, mas sim dele a ajudar outros jogadores (amigos) a melhorarem os seus decks para os PTQs que se avizinhavam. Isto deu-me que pensar em relação ao Puto Márcio. Ele não é arrogante, é confiante. Tem confiança na sua capacidade. Ele é o melhor e tem perfeita consciência disso, mas é com gosto que ajuda outros (aqueles com capacidade e ambição) a aproximarem-se do seu nível.
Bem, esta história toda para dizer que não se devem deixar enganar pela atitude do auto-intitulado "DJ White Anaconda". Ele é talvez o jogador mais talentoso que já vi jogar (e eu já fui a 2 Pro Tours e uma mão cheia de GPs) e a única coisa que o separa da Glória é o facto de não se empenhar a 100 por cento no jogo. Com o seu talento, arrisco-me a dizer que só não ganha o Nacional se não quiser. Em qualquer evento em que esteja presente, o "Fenómeno" é favorito e já mostrou que é capaz de ser superior aos melhores jogadores do Mundo... É por isso que todos os anos, na altura do Nacional, se faz a mesma pergunta: "Quem é que consegue parar o Márcio?". Na minha opinião, se ele se empenhar, o céu é o limite e será mais fácil parar um comboio em andamento do que conter o talento desta "Força da Natureza".

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nationals Series: Puto Tiago

E no que toca a favoritos para o Nacional, se é verdade que o Moura está a galopar em direcção ao topo, há outros que já lá estão e que estão com sede de victória. Entre esses, talvez o mais faminto seja o Puto Tiago. Desde que ganhou um PTQ para Valência o ano passado, tarda a mostrar mais resultados e, apesar de estar sempre perto do topo, anda já há mais de um ano sem ganhar um torneio grande.
Depois de, no ano passado, ter começado com um óptimo resultado no Nacional (6-0) e ter acabado por falhar o top8, este ano acho que o Puto se está a transformar, pouco a pouco, no animal que é capaz de levar o titulo.
Não se deixem levar pela sua sempre presente boa disposição. O Tiago detesta perder, sabe que pode ganhar e está com a ambição de vencedor. Juntando isto á preparação que tem planeada para o evento, pergunto-me se alguém será capaz de conter este Songoku do Magic. É verdade meus amigos, aquele cabelo amarelo é fruto da sua transformação em Super Guerreiro e se pensam que é Gel que lhe mantêm o penteado erecto, pensem duas vezes. Aquilo é pura força vital (Chi, se lhe kiserem chamar isso) a desafiar a gravidade.
Não acreditam em mim? Então vejam o Nacional e presenciem em primeira mão a transformação do Puto Tiago em Tiago Fonseca.

Até breve.
Luis Ribeiro