sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

1º Dia do Mundial

Bem, meus amigos, já começou o Mundial de Magic 2008 em Menphis, Tenessee, onde se encontra a propriedade de Graceland (a casa onde Elvis Presley morreu) e as noticias são boas e más.
Começo pelo melhor jogador do Mundo, Márcio Carvalho que começou 0-2 e já vai em 4-2. O seu deck WB tokens parecia não ser grande coisa nas duas primeiras rondas, mas esquecem-se é que o Márcio não precisa de bons decks para ganhar jogos. Basta o oponente fazer um erro e já está. Como diz o Márcio "Quando estás a jogar contra um gajo que joga sempre a 100%, as percentagens dos matchups alteram-se um bocado". De qualquer maneira, não há razão para preocupações. Um corolário de ser o melhor jogador do mundo (e quem não sabe o que é um corolário, pegue num dicionário que eu tenho mais que fazer) é ser o melhor jogador de Limited do Mundo, logo, do Puto, espero um 6-0 em draft de shards. Depois um 5-1 em Extended e deve chegar para Top8. O principal objectivo do Márcio é marcar a mão cheia de Pro Points que lhe faltam para fazer nivel 8 no Pro Players' Club este ano, mas não pensem que ganhar o Mundial está fora da sua mira. O Márcio foi para Menphis com vontade de ganhar o evento e, no Magic, geralmente o que o Márcio quer, o Márcio tem. Dai eu dizer que tá na altura de mostrares ao Mundo o que todos os tugas já sabem: Que és o melhor jogador do Mundo. Traz o Caneco para casa puto..

Quanto ao Nuno, fez a escolha suicida: foi jogar de BR Blightning. Não me intrepretem mal, o deck é bom, mas tem um grande defeito que nós identificámos a testar no MTGO: perde horrivelmente para o melhor deck do ambiente (segundo o nosso testing) WB tokens. A questão é que ganha estupidamente a fadas e parece que o Nuno teve um jackpot na escolha do deck. Parece que fadas lideram o evento e com isso deixaram-lhe o caminho aberto. Boa Nick. E isso com calculadora é outra coisa,não é?

Paulo Carvalho, nos últimos anos tem sido sinónimo de sucesso internacional. Fez top8 no seu primeiro Pro Tour (e ainda por cima era um mundial) e teve um par de bons resultados logo a seguir, mas a verdade é que estava acima das suas capacidades. Este 3-3 reflecte melhor o tipo de jogador que é o Neon. Na grande roda do Pro Tour, onde todos são os melhores, o Paulo está a meio da tabela e acho este 3-3 espectável.

Pelo Contrário, fiquei um pouco surpreendido com o André Coimbra. Começou bem, mas parece que acabou mal. 3-3 é muito abaixo das suas capacidades. Por sorte o Mundial não é um sprint e, por isso, ele tem ainda 2 dias para recuperar. Sinceramente, o André é um dos jogadores Portugueses que mais admiro. Primeiro porque, ao contrário do Márcio, os seus resultados são fruto de muito trabalho (o Márcio é um pré-destinado) e é o exemplo que pode inspirar qualquer um a chegar ao mais alto nível do Magic e segundo porque mesmo jogando Magic, concilia isso com os seus estudos que, no fundo, serão o que vai garantir o seu futuro. O Magic é um passatempo, não é um meio de sustento para a vida e ao encaixar o Magic dessa maneira na sua vida, o André está a dar uma lição a muitos outros jogadores (ouviste fifi? Há vida para lá do Magic).

Pedro Velhinho. O que posso dizer do velho? Está tudo contra ele. Primeiro não há um deck de combo no ambiente e depois, quase de certeza que lhe confiscaram a ganza no aeroporto. Com ganza e deck de combo, o Pedro já estaria prai uns.... 15-0. Assim, e a jogar de Monored, está só 1-5 e já disse adeus ao Top8.

Dinnis Binema é um nome que vai ecoar pelas paredes da história como sinal de incompetência. Este menino conseguiu ir jogar a porção de T2 do Mundial com um deck (mau) de bloco. Não tenho de fonte segura, mas tenho informações não confirmadas de que Shards já foi lançada em Coimbra. Então porque não usar as cartas da edição? não percebo..
Mas a culpa não foi só do deck, a verdade é que o 1-5 do Dinnis foi também fruto de jogar contra grandes nomes do Magic Mundial, como Ji-Hoon Lee, AJ Shacher, Marcel Arndt e outros do mesmo gabarito. Na última ronda até acabou por ganhar ao Steve Sadin, mas a verdade é que estando já 0-5, o Steve deixou o deck a jogar sozinho contra o Binema e foi para casa dormir. Mesmo assim foi uma victória suada por 2-1.
Tenho que telefonar ao Scott Larabee para ver se pode mudar a nacionalidade do Dinis no evento. Está a ser vergonhoso...

E mais pensamentos sobre o Mundial mais á frente (talvez amanhã, quem sabe)...
TUGA POWER ( - Dinnis Binema)

3 comentários:

Anónimo disse...

Luis,

eu não conheco nada sobre o Dinis Binemma excepto o que ouvi falar dele, mas parece me que as tuas palavras foram um pouco duras de mais.

Quanto ao Paulinho, eu admiro mais o Paulinho que o puto Marcio e o acoimbra, nao querendo com isto dizer que o considere melhor que eles. Melhor, pior... é tudo relativo.

Unknown disse...

Eu percebo o q keres dizer em relação ao Dinis, mas a minha ideia não é julgar ninguém (até porque ele já jogou um mundial e eu não). O meu pensamento é mais "se dá para nos rirmos um pouco e ninguém se aleija, porque não?".

E quanto ao ser melhor ou pior, tu sabes melhor que ninguém que neste jogo facilmente passas de bestial a besta num par de torneios, mas estava só a delimitar expectativas quanto a cada um e a maneira como encaram o Magic. Era mais para dizer a todos os que querem chegar ao Pro Tour que o Magic não é vida... Tens q ter um plano B :)

umtaldepedro disse...

Tudo bem que foi o primeiro mundial do Dinis, mas ele como qualquer outro representa o nome de portugal, e para tal devia sentir-se minimamente preparado e competente para a sua tarefa (árdua por sinal).
Sinceramente...a escolha do deck para os worlds fica a cargo de cada um de acordo com o seu TESTING...agora Elementais!!!
Isto é gozar com as pessoas.