quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PTQ: Kyoto em Cascais

Este fim de semana realizou-se o primeiro (de 4) PTQ para Kyoto em território nacional. O evento teve lugar no Hotel Baia em Cascais e contou com 70 jogadores.
Devo dizer que o formato é tão degenerado como eu pensava. Em sealed, o skill é completamente irrelevante e a única coisa que conta é abrir bombas. Ganha quem tiver acesso ás melhores bombas e consiga comprar os terrenos certos para as baixar... É evidente que em decks parecidos o skill dá uma certa vantagem, mas é mais importante a pool do que a capacidade de cada jogador. Isto faz (e fez em Cascais) com que o Top8 seja aleatóriamente dividido entre bons e maus jogadores, o que me desagrada. Por um lado gosto da ideia porque me dá uma hipótese de fazer top8 abrindo a pool certa, mas por outro lado, não acho que o Magic deva ser assim...
No entanto, há uma coisa boa: O Top8. Nesta fase os maus jogadores espalham-se ao cumprido e os bons jogadores constroem bons decks que lhes dão uma grande vantagem. Assim, dakeles que chegam ao Top8, o melhor jogador tem tendência a prevalecer...

Foi assim que aconteceu em Cascais. o Top8 teve 3 jogadores excelentes (Daniel Moura, Igor Barreiras e Mauro Peleira). dos 3, o Igor ganhou o evento e os outros 2 só perderam para ele. Draft de Shards parece ser para homens de barba rija e onde os melhores se conseguem evidenciar. Todos os maus jogadores no top8 foram arredados na primeira ronda (felizmente eram só 4 e estavam 1 em cada jogo) e os bons só perderam para outros do seu calibre.

Keria também destacar os 2 jogadores que chegaram á final (Igor Barreiras e Mauro Peleira). Dois dos melhores jogadores que este pais tem e, sem dúvida, 2 dos mais simpáticos, conhecedores e humildes Campeões Nacionais que já tivemos. O Igor ganhou, mas este confronto fez-me desejar que o torneio tivesse 2 convites, face á qualidade dos finalistas.

É interessante que quando o Mauro ganhou o Campeonato Nacional, toda a gente dizia que foi sorte e que era mais um barno com sorte com um deck que jogava sozinho (affinity). A verdade é que á medida que o tempo foi passando, toda a gente se começou a perceber de que o Mauro percebe do jogo. É um estudioso do Magic e gosta de partilhar o seu conhecimento e de ajudar os outros. É pena que, desde que a Comunidade de Magic Portuguesa descubriu o potencial real do Mauro Peleira, ele não tenha voltado a ganhar um título. Espero que esteja para breve, porque se há alguém que merece reconhecimento pelo seu talento, é o Mauro. Eu, por mim, fico á espera de lhe dar os Parabéns brevemente. Acho sempre bem quando coisas boas acontecem a pessoas boas....

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Á Conquista de Berlim

Hoje ouvi uma noticia que me deixou ainda mais orgulhoso (do que costume) em ser português. É verdade que Portugal está em crise e que o pais em si não é dos melhores para viver, mas no que toca a pessoas, nós, os Portugueses somos, de longe, o melhor povo do mundo. Somos os mais hospitaleiros, simpáticos e corajosos e a nossa coragem deixa-nos sempre na vanguarda do mundo (mesmo quando estamos de bolsos vazios). É a coragem de pessoas como os nossos paraolimpicos que faz a nossa força. Muitos têm dificuldade em viver numa cadeira de rodas, mas nós portugueses, mesmo com essa contrariedade, vamos á competição e dominamos o mundo. Não somos todos assim, mas em certos pontos (como por exemplo a nossa selecção de Rugby) vê-se a nossa garra. Podemos não ser os melhores, mas em alma, niunguém nos bate.....

Mas voltando á noticia, um investigador Australiano reclama que o primeiro Europeu a pisar o solo Australiano não foi o Comandante Cook, como é universalmente aceite, mas sim o Comandante de uma frota portuguesa que, no século 16 descubriu esta ilha. Ora, na altura a ópera de Sydney ainda não existia e a Austrália era principalmente constituida de Areia, Kangurus, Dingos e Ornitorrincos. Ora, areia já nós tinhamos na praia, dingos são básicamente cães em ponto pequeno e os kangurus são dotados de um boxe fantástico. Restavam os Ornitorrincos como algo de útil (e apenas para rirmos da sua figura) o que não valia a viagem de meses (tal como agora não vale a viagem de 24 horas). Visto isto, os Tugas voltaram para casa e nunca mais se falou por estas bandas da Austrália. A verdade é que recentemente se encontrou um canhão português datado do século 16 numa praia australiana. Há que admitir, nós eramos mesmo bons na cena de partir á conquista do desconhecido.

E é aqui que entra o Magic e o Pro Tour... quando ouvi esta noticia não pude evitar de fazer a comparação á demanda dos Tugas no Pro Tour, á conquista de um metagame desconhecido. A comitiva lisboeta já apurada consiste no Márcio Carvalho, Daniel Moura, Frederico Bastos, Frederico Costa e Filipe Constâncio (desculpem não pôr os jogadores das outras partes do pais, mas não sei ao certo kem vai e não kero cometer erros). Além deles temos mais alguns jogadores apurados no resto do Pais e ainda algumas almas que vão tentar a sua sorte no LCQ. No meio disto, vamos ter um Pro Tour com um forte contingente Português.

Estes rapazes vão rumo ao desconhecido, meter-se nas mãos do Monstro Adamastor e, como os seus antepassados, vão enfrentar o monstro sem medo e com vontade de vencer. Admiro a bravura de todos eles, mas tenho sinceramente esperança de que tenhamos mais uma vez um português no Top8 (e daí, qualquer um dos 8 primeiros pode ganhar.. é só uma questão de sorte). Há 2 jogadores nos quais eu tenho confiança e que acho que vão fazer um bom resultado: Márcio Carvalho e Daniel Moura.

Já falei destes 2 indivíduos vezes sem conta neste blog e volto a mencionar os seus nomes. Porquê? Porque são dos jogadores que mais admiro neste jogo. Por um lado, o Márcio é, de longe, o jogador com mais natural skill que eu alguma vez vi. Isto associado a algum treino e á confiança (que nunca lhe falta), fá-lo ser candidato a ganhar qualquer torneio de Magic neste planeta, seja onde for, participe quem participar. Por outro lado, o Moura está sempre a surpreender-me com a sua ambição e á vontade perante o jogo. É fácil dizer que se vai ganhar, mas cumprir sempre a promessa? Já vi o Moura a ganhar Pré-releases X-0 (isto é, sem empatar a última ronda), a jogar a última ronda de drafts porque tinha a certeza de que ia ganhar e não queria perder pontos com o empate, já o vi a prometer vitória num PTQ e a corresponder (sem ceder uma única ronda..é verdade 5-0-2 no suiço e 3-0 no Top8). Ultimamente (este fim-de-semana) o Moura ficou-se pelas meias finais do PTQ perdendo só para o (também) Grande Igor Barreiras, o eventual vencedor do evento e passeou-se num torneio de Extended com um resultado perfeito de 5-0 com 100% de Game Win (é verdade.. o Rei Moura fez 10-0 em jogos no último torneio antes do Pro Tour).
Sinceramente, ficarei desiludido se um destes 2 jogadores não fizer top8 no Pro Tour (eu sei que é o primeiro Pro Tour para o Moura, mas mesmo assim ele nunca pára de me surpreender). Tenho o feeling que Portugal vai voltar a conquistar o Mundo e, desta vez, num sitio onde não há mar.

Por fim quero deixar uma mensagem aos 2 jogadores que mais me dizem neste Pro Tour: Daniel Moura e Filipe Constâncio. Eu comecei a jogar com estes 2 ainda eles não sabiam pegar nas cartas correctamente. Vi-os a crescer no Magic, a sonhar (e nessa altura só se atreviam a sonhar) com um Top8 num PTQ e a transformarem-se em jogadores de topo que ficam desiludidos quando não se qualificam para o Top8 de um PTQ. Cresceram, aprenderam a jogar melhor, ficaram mais criticos, mais ambiciosos e mais seguros de si mesmos. Eu sei que o futuro lhes reserva grandes vitórias, mas espero sinceramente que este Pro Tour seja a primeira e que lhes exceda todas as expectativas. Eu não estarei lá, mas vou estar a fazer refresh ao broswer de 5 em 5 segundos e vou ver o top8 em directo se um de vcs lá estiver. Digamos que estarei com vocês em espirito.... Espero que chegue e boa sorte para todos....

PS: Constâncio, um gajo brinca, chama-te Fifi, diz que és uma merda a jogar magic, mas acho que é óbvio que todos te curtimos bué e só te dizemos essas coisas porque a tua cara de chateado é cómica.O Magic não seria divertido sem ti porque, tirando o Igor, és o gajo mais divertido do Circuito. Dito isto, e brincadeiras á parte, por muito que eu diga que és uma merda (e és :p ), sei o teu valor e tenho plena confiança de que vais ter uma prestação memorável neste evento. De ti espero no mínimo um 50º lugar (é só metade de Hollywood... tu consegues), mas um top8 não me surpreenderia nem um bocadinho. O céu é o limite Fifi....

PSS: Moura e Fifi, Não estarei em Berlim para vos dar os Parabéns em primeira mão, mas vou estar aqui quando chegarem para vou enfiar uma puta de uma bebedeira pela guela abaixo e para vos ver a vomitarem os miolos.... É para isso que servem os amigos ;)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Preview do PTQ: Kyoto em Cascais

Passei horas a acertar o nível dos jogadores em Portugal, a estudar o ambiente, a ver quem se iria ambientar melhor ao formato, tudo isto para tentar perceber quem irá ganhar o PTQ de amanhã. Cheguei a algumas conclusões interessantes e com a definição de algumas variáveis, estava perto de adivinhar com alguma certeza o nome do Vencedor.
Nisto, o Moura telefonou-me e disse que ia jogar... Boa sorte para Odivelas pessoal, o PTQ de Cascais já tem vencedor....

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Shards Sealed

Bem, parecendo que não, já não escrevo para este blog há 15 dias. No entanto, sempre achei que é melhor escrever em qualidade do que em quantidade, por isso, espero que não me levem a mal.

Dito isto, hoje venho falar-vos de Sealed deck de Shards of Alara. Não vou dizer-vos qual a melhor shard, nem vou explicar a estratégia complexa do formato, nem nada disso. Vou apenas dizer-vos o que achei da minha experiência com o formato (mais tarde perceberão porquê).
Á parte de tudo o que é normal num formato de sealed (e há certas leis que se aplicam a todos), neste formato só interessa uma coisa: ter o bixo maior. O Formato é baseado na ganância de jogar com as cartas mais poderosas, independentemente do número de cores e ganha quem tiver as cartas mais abusivas. É claro que a consistência é importante, pq existem coisas como double blocks, truques de combate e removal que por vezes matam a criatura maior, mas a ideia é que qd o pó acenta, qd os truques já estão no cemitério e o removal já foi usado, é o jogador mais ganancioso (e com as cartas mais abusadas, independentemente do custo) que ganha. A conptrapartida é que formos demasiado gananciosos, acabamos por não chegar á parte do jogo onde as bestas farão a diferença. Resumindo, é preciso ser ganancioso, mas com tento.

Face a estes factos, decidi que não vou jogar mais este formato. Shards Sealed é mt baseado na capacidade de abrir bombas e de as conjugar com a base de mana de um deck. Se na segunda parte não tenho grandes dificuldades, na primeira sou horrivel. Raramente consigo abrir bombas de jeito e, neste formato, esse é um handicap ao qual não estou disposto a submeter-me. Isto aliado ao facto de eu não ser grande fã de Sealed deck, fez-me afastar do formato. Vou arbitrar 2 PTQs (Cascais e Almada) e vou observar o de Odivelas (vou mais destabilizar do que observar, mas para mim, 90% deste jogo é o convivio :D). Adicionalmente vou jogar no Porto, mas só porque quero ir (lá está, o convivio) e não me apetece passar o dia a olhar para o ar...

E é isto. Depois de 15 dias volto para dizer que odeio Shards Sealed. Podia ter estado a fazer algo de útil não era?

Luis Ribeiro